Você Sabia? Como Escolher o Inventariante Certo Faz Toda a Diferença

Imagine que um inventário é como uma orquestra. Há diferentes instrumentos (bens, dívidas, herdeiros), uma partitura complexa (as leis de sucessão) e um maestro que coordena tudo: o inventariante. Sem um maestro competente, a orquestra desafina, gerando conflitos, atrasos e prejuízos. Mas como escolher a pessoa certa para liderar esse processo tão delicado? A resposta pode determinar o sucesso ou o fracasso da gestão do patrimônio deixado.

Por Que a Escolha do Inventariante É Tão Importante?

O inventariante não é apenas alguém que “toma conta das coisas”. Ele ou ela é o responsável legal por administrar os bens, pagar dívidas, resolver pendências fiscais e garantir que a herança seja partilhada de forma justa. É uma posição que exige confiança, habilidade de gestão e, muitas vezes, nervos de aço para lidar com possíveis conflitos entre os herdeiros.

Um inventariante despreparado ou parcial pode transformar o inventário em uma verdadeira novela, cheia de capítulos intermináveis e desfechos frustrantes.

O Perfil do Inventariante Ideal

1. Confiabilidade Absoluta

O inventariante precisa ser alguém de confiança, já que ele lidará diretamente com os bens e informações financeiras da família.
Exemplo hipotético: Imagine que Pedro foi nomeado inventariante, mas ocultou a existência de uma conta bancária do falecido para favorecer a si mesmo. Resultado? Um processo judicial longo e custoso que arruinou os laços familiares.

2. Organização e Habilidade Administrativa

Documentos, prazos, impostos… O inventariante é como um gestor de um pequeno negócio, e desorganização pode gerar multas ou perda de bens.
Dica prática: Escolha alguém metódico, que saiba gerenciar responsabilidades e manter todos informados sobre o progresso do inventário.

3. Comunicação Clara e Imparcialidade

Em muitas famílias, heranças trazem à tona ressentimentos ou rivalidades. Um bom inventariante deve saber mediar conflitos e agir de forma neutra.
Exemplo real: Em um caso em São Paulo, um inventariante conseguiu negociar amigavelmente a venda de um imóvel para pagar dívidas, mesmo enfrentando resistência inicial dos herdeiros.

4. Disponibilidade

O inventário exige tempo e dedicação. Escolher alguém que já tenha uma rotina muito atarefada pode atrasar todo o processo.

Quem Pode Ser Inventariante?

No Brasil, a lei define uma ordem de preferência para nomeação do inventariante:

  1. O cônjuge ou companheiro sobrevivente;
  2. O herdeiro que estiver na posse dos bens;
  3. Qualquer herdeiro, escolhido por consenso;
  4. Testamenteiro (se houver testamento);
  5. Um terceiro, nomeado pelo juiz, em casos de ausência de consenso ou má gestão.

Curiosidade: Mesmo credores podem ser nomeados inventariantes em situações específicas, caso sejam eles os mais interessados na conclusão do processo.

Os Riscos de Escolher Errado

  • Conflitos Entre Herdeiros: Um inventariante parcial pode agravar disputas, prolongando o processo e reduzindo o patrimônio com custos judiciais.
  • Gestão Ineficiente: Atrasos em pagamentos de dívidas ou impostos podem resultar em multas e perda de bens.
  • Desconfiança Geral: Um inventariante que não presta contas regularmente pode criar um clima de insegurança entre os herdeiros.

Um Caso para Reflexão

Em um inventário em Minas Gerais, o herdeiro mais velho foi escolhido por tradição familiar, mas ele não tinha interesse em gerenciar os bens. Isso levou a atrasos no pagamento do ITCMD, acarretando multas que reduziram significativamente o valor líquido da herança.

Como Garantir a Escolha Certa?

  1. Converse com Todos os Envolvidos: Uma decisão em conjunto reduz ressentimentos e cria um clima de cooperação.
  2. Avalie o Perfil do Candidato: Considere as habilidades e a disponibilidade da pessoa.
  3. Busque Orientação Jurídica: Um advogado pode ajudar a orientar a escolha e a conduzir o processo de forma profissional.
  4. Considere a Possibilidade de Substituição: Se o inventariante não cumprir seu papel adequadamente, é possível pedir a troca na Justiça.

Conclusão: O Inventariante como Pilar da Sucessão

Escolher o inventariante certo é mais do que um ato burocrático; é uma decisão estratégica que pode garantir a harmonia familiar e o sucesso do inventário. Pense nessa escolha como a base sólida sobre a qual todo o processo será construído.

Precisa de ajuda para escolher ou gerenciar um inventário? Entre em contato com um especialista em direito de sucessões e garanta que sua herança seja tratada com o cuidado e a justiça que ela merece. O futuro do seu patrimônio começa aqui!

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